Dor é o sintoma que mais leva um doente a procurar atendimento. Sempre nos referimos a esta sensação como desagradável e causadora de grande sofrimento. A maioria das vezes a descrevemos como sendo associada a ferimentos ou lesões, mesmo que de fato nunca tivessem existido.
Um binômio presente em nosso dia a dia é “dor e sofrimento”, no entanto, sentir dor é poder distinguir entre algo que nos acolhe e algo que nos agride, é conseguir nos defender e nos afastarmos ou relaxar e nos aproximarmos, frente ao contato de algo ou alguém.
Saber fazer esta distinção pode fazer diferença para um indivíduo sobreviver ou morrer. De modo mais abrangente pode significar a sobrevivência ou não da nossa própria espécie.
Quando a dor cumpre sua missão de nos avisar de que algo está errado conosco e de nos induzir a tomadas de ações que visam proteger a integridade de nosso organismo, tanto o desconforto como o sofrimento a ele atrelado se tornam desnecessários.
O melhor tratamento de uma dor é o tratamento da sua causa. Quando isto não é possível, a dor é uma sequela, a causa está inativa, está no passado, ou é desconhecida, o alívio do desconforto e do sofrimento pode ser obtido com o uso medidas não farmacológicas como compressas quentes, compressas geladas, massagens e mudanças de posicionamento, entre outras; uso de medicamentos analgésicos; e até mesmo a realização de cirurgias podem trazer conforto aos doentes com dores refratárias, ou seja, não responsivas aos tratamentos mais comumente empregados.