O tratamento dos transtornos dos movimentos envolve abordagens clínicas e cirúrgicas, dependendo da gravidade e resposta às terapias. No tratamento clínico, medicamentos são a primeira linha de ação, com destaque para o uso de dopaminérgicos no manejo da doença de Parkinson, além de anticonvulsivantes e relaxantes musculares para distonias e tremores essenciais. A fisioterapia, psicoterapia, fonoaudiologia e a terapia ocupacional também são fundamentais para melhorar a mobilidade, a qualidade de vida, minimizar complicações e até aumentar o tempo de sobrevida dos doentes.
Quando o tratamento clínico é insuficiente, as opções cirúrgicas podem ser consideradas. As cirurgias não ablativas preservam o sistema nervoso e dentre elas a estimulação cerebral profunda (DBS) é uma das opções mais utilizadas para alívio dos sintomas e sinais dos doentes com Parkinson avançado e outros distúrbios como distonia e tremor essencial. As técnicas ablativas, que atuam através de pequenas, circunscritas e precisas lesões em alvos como o globo pálido interno e o tálamo podem ser também utilizadas em casos específicos.
A decisão entre tratamento clínico e cirúrgico deve ser individualizada, com base o quadro clínico e na resposta às terapias prévias.