Jornal da Record News | 22/11/2019

Dirigentes do Campeonato Inglês de Futebol estão cogitando proibir os jogadores das suas categorias de base de cabecear a bola durante as partidas. A ideia da mudança surgiu após um estudo realizado pelo Grupo de Pesquisa sobre Lesões Cerebrais de Glasgow, na Escócia, mostrar que existe uma ligação entre demência e futebol, como resultado dos golpes e concussões que as crianças sofrem na cabeça ao praticar o esporte. O Dr. Leonardo Takahashi, neurocirurgião da Clínica Everest, falou sobre o assunto nesta entrevista ao Jornal da Record News.

Créditos: Record News

20 atitudes no dia a dia para cultivar sua saúde emocional

mulher meditando
(Imagem: Luna Vandoorne/Shutterstock)

Confira esta lista de práticas eficientes para promover a saúde emocional disponível no site do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, com a participação da Dra. Elaine Scaff Haddad, fisiatra da Clínica Everest.

Artigo: Tipos e características de anestesia

mão com luva segurando uma seringa

(Imagem: Pxhere)

Desde a antiguidade, a necessidade de procedimentos cirúrgicos sempre foi presente na evolução da medicina, sendo necessária a criação de técnicas anestésicas para o alívio da dor, há registros delas desde o Egito antigo. Em 1842, foi utilizado o éter etílico nas primeiras anestesias dos tempos modernos. A anestesia moderna não serve apenas para proporcionar ausência e alívio da dor, mas sim possibilitar qualquer tratamento cirúrgico independentemente do estado de saúde do paciente.

A função do anestesista, além de manter condições propícias para o procedimento cirúrgico, é de observar e manter as funções vitais do paciente. Durante a anestesia, o paciente tem suas funções vitais monitoradas durante todo o procedimento, podendo ou não utilizar aparelhos que auxiliem na ventilação. Verifica-se a respiração, pressão, frequência cardíaca, nível de consciência e saturação de oxigênio. Com o avanço das técnicas anestésicas, novos medicamentos e melhoria na monitorização dos sinais vitais, houve um aumento na segurança dos procedimentos cirúrgicos, contudo, todo procedimento contém riscos que devem ser bem avaliados e discutidos com os médicos da equipe.

O tema assusta bastante em razão dos riscos aos quais se dispõe a pessoa anestesiada, por isso uma boa consulta pré-anestésica ajuda a minimizá-los. O paciente precisa informar ao anestesista doenças prévias, medicação em uso contínuo, alergias, realizar jejum antes do procedimento e exames pré-operatórios, como de sangue, de imagem, eletrocardiograma, raio-x etc. Em certas ocasiões, há necessidade de avaliação de um especialista clínico, como por exemplo, cardiologista ou pneumologista.

Existem diferentes tipos de anestesia:

Sedação – Nesta técnica o paciente recebe anestésicos que aliviam a ansiedade, podendo ou não o deixar dormindo, mantendo suas funções orgânicas como respiração e nível de consciência. Técnica normalmente combinada com a anestesia local e regional.

Local – A anestesia local é utilizada para procedimentos mais simples, muitas vezes sem a necessidade de um médico anestesista. É a injeção de anestésico local para bloquear pequenas áreas que se tornam insensíveis. A duração depende da quantidade e da substância aplicada, podendo ser repetida durante o procedimento, respeitando a dose tóxica do anestésico.

Regional – As mais famosas anestesias regionais são a peridural e a raqui, existindo também os bloqueios de plexos. A peridural e a raqui são aplicadas na coluna, enquanto os bloqueios de plexos são aplicados em nervos periféricos, geralmente em braços e pernas. A aplicação não retira a consciência e normalmente não pode ser repetida durante o procedimento cirúrgico. A duração depende do anestésico e da dose utilizada.

Geral – Técnica anestésica que retira totalmente a consciência e a respiração espontânea. São aplicados anestésicos de forma contínua sem tempo limite, que relaxam os músculos e eliminam a dor. Utilizada para qualquer procedimento cirúrgico.

Texto: Dr. Fabricio Maki Kawasaki – Anestesiologista/Acupunturista – Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo – Especialização FMUSP

Chá, respiração e mais: 8 dicas caseiras para aliviar dor de cabeça

Nem sempre é preciso tomar remédio! Dicas de alimentação, técnicas de relaxamento e até acupuntura podem te ajudar a fugir desse incômodo

É difícil encontrar alguém que nunca sofreu com dores de cabeça. Problema comum e de diferentes causas, a doença atinge cerca de 70% dos brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC). Algumas práticas simples, porém, podem aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida de quem enfrenta a dor.

mulher com dor de cabeça
(Imagem: shutterstock)

Dicas simples para aliviar dor de cabeça #1: fuja de lugares cheios!

De acordo com o médico neurocirurgião José Oswaldo de Oliveira, diretor científico da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, uma curiosidade que poucos sabem sobre a dor de cabeça é o fato de que o gás carbônico – comum em lugares onde há muitas pessoas respirando – pode causar ou agravar a dor . Assim, caso você precise aliviar o sintoma, prefira lugares vazios ou abertos.

Dicas simples para aliviar dor de cabeça #2: prefira o calor

O frio também pode ser o vilão das dores de cabeça. Para Oswaldo de Oliveira, manter-se aquecido pode ser fundamental para o bem-estar nesses casos. A dica também vale para os banhos: prefira os quentes, sempre evitando a possibilidade de choque térmico. “Mais importante que o banho quente é o ambiente antes e depois de entrar no chuveiro. O paciente deve evitar sentir frio após o banho com cuidados com o ambiente e evitando molhar o cabelo, por exemplo”, diz.

Dicas simples para aliviar dor de cabeça  #3: evite alimentos salgados demais

Por interferir na pressão arterial, a comida muito salgada pode ser um agravante para as dores de cabeça. Prefira alimentos de sabor mais suave, principalmente durante as crises de cefaleia. “Vale lembrar que bebidas com muito sódio, como os refrigerantes, também significam muito sal”, alerta o médico.

Dicas simples para aliviar dor de cabeça  #4: pressione o ponto entre o dedão e o indicador

Poucos sabem, mas existe um ponto de acupuntura que pode ajudar a aliviar vários tipos de dor, entre eles, a de cabeça. Ele se chama IG4 e está localizado entre o indicador e o polegar. De acordo com a naturóloga Mariane Vitte, do W Spa, o ideal é pressionar o ponto com movimentos circulares por alguns minutos.

Dicas simples para aliviar dor de cabeça  #5: lavanda no travesseiro para relaxar

Quando a dor de cabeça vem no final do dia, causada pela correria e pelo estresse, o segredo é relaxar. Para isso, a naturóloga indica o óleo essencial de lavanda. “Pingar quatro gotinhas no travesseiro antes de dormir pode ajudar no relaxamento, trazendo um sono mais profundo e reparador”, diz.

Dicas simples para aliviar dor de cabeça  #6: chás sempre ajudam

Se existe uma dica que nunca pode faltar quando o assunto são receitas naturais: chá. Com eficácia comprovada ao longo dos séculos, as ervas trazem ativos contra vários sintomas, entre eles a cefaleia. Nesse caso, a dica é investir na camomila, que apresenta propriedades relaxantes e analgésicas, ou no hortelã, que ainda é anti-inflamatório !

Dicas simples para aliviar dor de cabeça  #7: exercícios respiratórios

Para tranquilizar a mente e relaxar o corpo, respirar pode ser a solução. Para isso, a naturóloga orienta o exercício: “Deitado na cama, antes de dormir, coloque as mãos sobre a barriga, inspire lentamente empurrando a mão para cima e expire contraindo o abdome”. Esse exercício torna a respiração mais profunda, reduz a ansiedade e melhora a oxigenação do nosso cérebro.

Dicas simples para aliviar dor de cabeça #8: anote!

Caso a dor de cabeça seja recorrente – o que caracteriza um problema crônico – uma orientação importante é anotar a forma como ela aparece para, mais tarde, tentar identificar a causa. Como afirma Marcus Ferreira, autor do livro “O que é acupuntura?”, a observação dos gatilhos é a única forma de que chegar a um tratamento definitivo da dor de cabeça.

“Tem gente que tem dor causada por queijo, tem gente que sente dor após comer chocolate. A forma mais simples de você interromper um processo de dor dessa natureza é tomar distância do gatilho”, diz.

Quando devemos procurar um médico?

senhora com dor de cabeça

(Imagem: Thinkstock/Getty Image)

Apesar de muito comum, é importante estar atento para quando a dor de cabeça sai da normalidade. Por ser um sintoma de diferentes causas, o incômodo pode ser o sinal de uma doença mais séria . Para saber o momento de ir ao médico, é fundamental observar:

  • Recorrência

Se o paciente apresenta 15 ou mais episódios por mês, é um sinal de que o problema pode ser crônico. Nesse caso, é fundamental buscar um profissional que possa auxiliar no melhor tratamento .

  • Anormalidade

José Oswaldo de Oliveira alerta que, caso a dor de cabeça apareça de alguma maneira pouco familiar, o sintoma merece atenção. “A diferença pode estar no local, na intensidade ou no gatilho que causou a dor de cabeça. Se ela soa estranha ao paciente, é importante descobrir a causa”, diz.

  • Causa

Quando a dor forte surge de maneira súbita ou após uma pancada na cabeça, é importante ir ao médico com urgência, antes mesmo de tentar aliviar a dor de cabeça . Nesse caso, o sintoma pode ser sinal de rompimento de vasos ou hemorragia.

  • Sintomas relacionados

Quando a dor vem acompanhada de outros sintomas como vertigem, febre, formigamento ou dificuldade de movimentar os membros e visão escurecida, pode ser o indicativo de doenças graves.

Créditos: Nathallia Fonseca

Link deste artigo: https://saude.ig.com.br/2019-09-09/confira-8-dicas-caseiras-para-aliviar-a-dor-de-cabeca.html

 

Artigo: Entenda como a insônia afeta a saúde

mulher deitada tentando dormir

(Imagem: Kinga Cichewicz/Unsplash)

A Sociedade Brasileira de Sono caracteriza insônia como dificuldade em iniciar e/ou manter o sono e presença de sono não reparador. A prevalência dessa patologia é de 30-35% na população.

As queixas mais comuns devido à insônia são: cansaço durante o dia; falta de energia; dificuldade de concentração; e irritabilidade.

A insônia pode causar algumas alterações na saúde como: dificuldade em memorização e concentração; aumento de estresse; prejudica o sistema imunológico, o que pode acarretar problemas cardíacos e até a formação de tumores; problemas de pele; queda de cabelo; alteração de apetite para mais ou para menos.

Há várias fontes causadoras de insônia, sendo as principais: estresse; ansiedade; mudança na rotina; medicamento; alimentos; e apneia do sono.

Pela medicina chinesa, as doenças são causadas principalmente por fatores externos e internos que causam alterações nos órgãos e vísceras (zang fu) e a circulação de sangue (Xue) e Qi (energia). Por exemplo, a ansiedade no trabalho e no cotidiano da vida pode prejudicar a funcionalidade do coração (Xin) e do baço (Pi), causando um descompasso entre o coração (Xin) e o rim (Shen). Há um outro conceito na medicina chinesa que seria o distúrbio do Yin e Yang. O Yin está relacionado com frio, escuridão, repouso, noite, sono; e o Yang está relacionado com claridade, calor, atividade, vigília. Ou seja, na insônia, pela medicina chinesa, há uma relativa falta de Yin ou um excesso de Yang.

A acupuntura vem se apresentando como uma excelente ferramenta para o tratamento da insônia, podendo chegar entre 70 e 90% de melhora nos casos de ansiedade. Quando a causa é mecânica, como no caso da apneia do sono, ela pode melhorar a qualidade de vida, mas sem muito sucesso com a insônia.

Por isso, passar por uma avaliação médica é de extrema importância para diagnosticar as causas e a escolha do melhor tratamento para o paciente, podendo ser necessária a ajuda multiprofissional.

Texto: Dr. Fabricio Maki Kawasaki – Anestesiologista/Acupunturista – Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo – Especialização FMUSP

Dor, insônia, depressão e ansiedade são comuns nos idosos

Dor, cansaço, insônia, falta de ar, depressão e ansiedade são problemas comuns entre os idosos. Uma pesquisa americana revelou que metade deles costuma ter dois ou mais desses sintomas. Além de tratamento médico, adotar hábitos saudáveis é fundamental para enfrentar os males que chegam com a idade.

Créditos: Jornal da Band

Bom humor e qualidade do sono podem influenciar a memória

No Melhor da Tarde desta terça-feira, 21, o neurologista Fábio Porto explicou como o humor e a qualidade do sono podem influenciar a memória de curto prazo.

Créditos: band – Melhor da Tarde

Família de Gerson Brenner fala sobre recuperação do ator após grave pneumonia

Gerson Brenner acaba de sair de mais um período de internação, após grave quadro de pneumonia. A família recebeu a equipe do Domingo Espetacular e contou como vai a vida e o tratamento do ator que teve a carreira de sucesso interrompida por uma tragédia: ele foi baleado na cabeça durante uma tentativa de assalto, em 1998, e perdeu a fala e os movimentos do lado direito do corpo paralisado.

Créditos: R7 Domingo Espetacular

Dorme mal? Será que você tem insônia ou apenas maus hábitos de sono?

Se uma higiene do sono não for suficiente, é importante procurar a ajuda de especialistas para dormir bem e viver melhor.

Existe uma confusão grande entre sofrer de insônia e ter maus hábitos de sono. Muitas pessoas dizem ser insones por só conseguirem dormir quando já é madrugada, mas não levam em consideração o fato de dormirem pesado e acordarem depois das 10h todos os dias. Ou de serem fatos isolados, relacionados a uma preocupação na vida ou no trabalho, por exemplo.

A insônia de fato tem características marcantes: dificuldade extrema para começar a dormir, sono interrompido sem motivo aparente ao longo da noite, sono não reparador (ou seja, a pessoa já acorda cansada), cansaço e falta de concentração ao longo do dia. Não é relacionada à quantidade de horas dormidas, mas sim à má qualidade do sono e às suas consequências.

Suas causas vão desde condições físicas como a apneia obstrutiva do sono e síndrome das pernas inquietas até doenças como hipertensão, diabetes, depressão e ansiedade, e não é pouca gente que sofre da insônia real: cerca de 21% da população mundial, em algum momento da vida, tem restrição de sono com consequências graves no dia a dia. Não existem evidências científicas que explicam a razão, mas a prevalência da insônia é maior em mulheres do que em homens.

Se ocorrer pelo menos três vezes por semana ao longo de três meses, é importante procurar ajuda médica em uma clínica de sono ou em consultórios de neurologistas e otorrinolaringologistas, embora seja possível tentar resolver o problema antes de chegar a este ponto, como explicamos a seguir.

Como se cura a insônia?

Se a insônia for relacionada a alguma doença ou condição física, será curada com o tratamento de sua origem. Caso seja espontânea e detectada logo (antes dos três meses de que falamos aqui em cima), é provável que a adoção de hábitos comportamentais e de alimentação sejam suficientes para resolvê-la – é a higiene do sono, que detalharemos abaixo; passado esse período, a intervenção dos especialistas médicos é necessária.

Como fazer uma boa higiene do sono?

A higiene do sono é eficaz quando a pessoa tem maus hábitos de descanso à noite e nos casos iniciais de insônia. Recomenda-se:

– Não ver TV nem usar aparelhos eletrônicos, especialmente o celular, pelo menos uma hora antes de ir para a cama – a luz emitida por eles interfere na produção dos hormônios responsáveis pelo sono;

– Fazer uma refeição leve no máximo duas horas antes de ir dormir – é importante evitar comidas pesadas porque elas fazem o organismo atuar com vigor na digestão, o que impede o relaxamento necessário para dormir;

– Dormir em um quarto escuro, sem abajur ou qualquer luz indireta acesa – essas fontes de luminosidade também atrapalham a ação dos hormônios responsáveis pelo sono;

– Usar roupas confortáveis para dormir – tecidos leves e frescos no calor, tecidos de trama fechada e suaves no frio;

– Não ingerir bebidas com cafeína (café, chá preto, chimarrão) em um período de pelo menos 4 horas antes de se recolher para dormir – a cafeína é um dos estimulantes mais poderosos dos alimentos, deixa o organismo em estado de alerta e atrasa a sonolência;

– Não ingerir bebidas alcoólicas até duas horas antes de ir para a cama – elas até ajudam a dormir, mas atrapalham os ciclos do sono e levam a um sono não restaurador;

– Evitar sonecas durante o dia – esse mínimo de descanso pode causar dificuldades para dormir à noite;

– Tomar um banho morno meia hora antes de dormir – é relaxante e prepara o corpo para o sono;

– Ir dormir e acordar sempre no mesmo horário, inclusive aos sábados e domingos – a rotina é importante para o organismo se acostumar a dormir;

– Não tomar medicamentos sem orientação médica – tanto medicamentos para dormir, que devem ser receitados caso a caso, quanto para outras doenças, pois eles podem ter como efeito colateral a interferência no sono.

Fontes consultadas: Gustavo Mury (otorrinolaringologista e membro da equipe do sono do Hospital CEMA), Fábio Porto (neurologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP), Bruno Funchal (neurologista do Hospital Santa Paula) e Marcílio Delmondes Gomes (neurologista da Clínica Neurosono).

Créditos: Por Raquel Drehmer – M de Mulher